Usina nuclear Zaporizhzhia na Ucrânia. Foto: Divulgação
Um incêndio atingiu neste domingo (11) a torre de refrigeração da usina nuclear de Zaporizhzhia, localizada no sul da Ucrânia e atualmente sob o controle das forças russas. A usina, a maior da Europa, tem sido um ponto de tensão desde o início da invasão russa em 2022.
De acordo com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), explosões foram registradas na região da usina, e uma fumaça escura pôde ser vista saindo da área norte da instalação. O incêndio, segundo Yevgeny Balitsky, representante instalado pela Rússia na região, foi causado por um bombardeio realizado pelas forças armadas ucranianas.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, por outro lado, acusou as tropas russas de terem iniciado o incêndio e pediu uma resposta urgente da comunidade internacional e da AIEA. Apesar do incidente, Zelensky garantiu que os níveis de radiação na área permanecem dentro da normalidade, aliviando temores de um desastre nuclear.
A usina nuclear de Zaporizhzhia foi capturada pelas forças russas em março de 2022, pouco após o início da invasão da Ucrânia. Desde então, a usina foi desconectada da rede elétrica ucraniana, e a Rússia ainda não conseguiu integrá-la ao seu próprio sistema de energia. Zelensky tem insistido para que a Rússia devolva o controle da usina à Ucrânia, expressando preocupações sobre a segurança do local devido ao prolongado conflito.
Em suas redes sociais, Zelensky criticou a ocupação russa da usina nuclear, afirmando que “enquanto os terroristas russos mantiverem o controle sobre a usina nuclear, a situação não é e não pode ser normal”. Ele acusou a Rússia de usar a usina para chantagear a Ucrânia, a Europa e o mundo desde o primeiro dia de sua captura.
Zelensky concluiu enfatizando que apenas o controle ucraniano sobre a usina nuclear de Zaporizhzhia pode garantir o retorno à normalidade e à segurança completa na região. A comunidade internacional continua monitorando a situação de perto, preocupada com as implicações de um possível acidente nuclear em meio a um conflito ativo.