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Oito policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) são investigados pela Corregedoria da Polícia Militar do Rio de Janeiro após serem flagrados por câmeras corporais furtando bens durante a Operação Caixinha, realizada no Complexo do Alemão em 15 de janeiro deste ano. Os vídeos mostram os agentes revirando cômodos de uma residência e comentando sobre roupas, perfumes, tênis e até videogames.
Em uma das gravações, um dos PMs chega a ironizar: “Estou precisando de um Playstation. Se alguém encontrar, me avisa que eu jogo tudo fora”. Em outro momento, policiais falam sobre perfumes importados, entre eles o 212 VIP Black, avaliado em R$ 600, e o 1 Million, de R$ 450. Outro chegou a afirmar: “Se estivesse com a viatura, levava a JBL”, em referência a uma caixa de som encontrada no local.
As câmeras mostram mochilas sendo usadas para armazenar as peças selecionadas. Um dos policiais abre a bolsa nas costas de outro para facilitar o enchimento. Os agentes ainda comentam sobre a qualidade dos produtos: “Aqui as roupas não são de lojinha, são artigos de loja”, afirma um deles.
A ação tinha como alvo o traficante Fhillip da Silva Gregório, conhecido como Professor, apontado como um dos principais fornecedores de armas do Comando Vermelho. Durante a operação, os policiais também consumiram produtos da casa invadida, como latas de energético.
A gravação só veio à tona porque o cabo Leandro Silva Pereira dos Santos, responsável por uma das câmeras corporais, não desligou o equipamento. Ele aparece participando dos furtos, o que se tornou prova fundamental para a investigação aberta pela Corregedoria.
O Ministério Público foi acionado na mesma tarde da operação, após receber a denúncia acompanhada de trechos da filmagem. O caso agora está sob análise e pode resultar em responsabilização administrativa e criminal dos policiais envolvidos.
Fonte DCM