A PetroReconcavo encerrou o primeiro trimestre de 2025 com um lucro líquido de R$ 227 milhões, crescimento de 107% em relação ao mesmo período de 2024, e geração de caixa livre de R$ 207 milhões — avanço de 45% frente ao 4T24. O desempenho positivo viabilizou a distribuição de R$ 263,4 milhões em proventos, equivalente a R$ 0,90 por ação, com dividend yield aproximado de 7%.
A companhia também reportou crescimento de 16% na Receita Líquida (R$ 861 milhões) e de 20% no EBITDA (R$ 424 milhões) na comparação com o 1T24, com margem EBITDA de 59%. Os resultados refletem a solidez do modelo operacional, com baixo custo, disciplina de capital e resiliência diante das oscilações de mercado.
A produção média no período foi de 27,3 mil boe/dia — crescimento de 4% em relação ao 4T24 e de 3% frente ao 1T24 — consolidando o quarto mês consecutivo de alta. O desempenho operacional é impulsionado pelo programa de perfuração iniciado no segundo semestre de 2024, especialmente no campo de Tiê (BA), e pelas iniciativas de workover e otimização de poços.
Os poços de Tiê, que entraram em operação em dezembro, se destacaram nacionalmente: quatro deles figuraram entre os dez mais produtivos do onshore brasileiro ao longo de todo o trimestre, segundo a ANP.
“O avanço da produção e a consistência dos resultados demonstram o alinhamento entre estratégia, operação e capital. Esse é o reflexo de um time comprometido e preparado para seguir entregando, mesmo em cenários desafiadores. Estamos cada vez mais consolidados como referência no onshore brasileiro”, afirmou José Firmo, que completou seu primeiro ano como CEO da PetroReconcavo em 2025.
Mesmo diante da queda no preço do Brent, que recuou de US$ 75,73 para uma média de US$ 62,68/bbl ao longo do trimestre, a companhia manteve resultados robustos graças à sua estrutura de custos enxuta, verticalização operacional e capacidade de adaptação. O lifting cost caiu 4% em relação ao trimestre anterior, chegando a US$ 13,93/boe — reforçando o breakeven cash cost de aproximadamente US$ 30 por barril.
Cerca de 50% da produção da PetroReconcavo está protegida por contratos de gás com preço fixo ou vinculação ao Brent com piso mínimo, além de hedges de petróleo que blindam parte da produção, contribuindo para maior proteção financeira.
A estrutura de capital da Companhia está ainda mais sólida com uma redução observada na dívida líquida e na alavancagem, que reduziu-se para conservadores 0,62x dívida líquida/EBITDA dos últimos 12 meses.
A empresa também destaca o fortalecimento de sua posição estratégica com a nova certificação de reservas (2P), que garantiu um índice de reposição de 1,7x e um volume certificado de 183,8 milhões de boe.
José Firmo considera que a companhia está pronta para operar em cenários adversos de preço de petróleo com nossa saúde financeira superior e alta excelência operacional, atingindo um breakeven cost que a posiciona como benchmark no onshore brasileiro.