O governador Jerônimo Rodrigues (PT) voltou a destacar a importância do 2 de Julho para a Bahia e para o Brasil e afirmou que “nossa história não é dependente de um governo português, de um Dom Pedro, de um Dom João, que veio e fez o favor de declarar a independência pra nós”. A declaração foi dada ao BNews, na noite desta terça-feira (02), no Parque de Exposições de Salvador, onde o governador foi acompanhar o último dia de shows do São João da Bahia, realizado pelo governo do estado.
O governador destacou ainda o ato de transferência da sede do governo do estado para Cachoeira, como rito integrante dos festejos do 2 de julho.
“Olha, o 25 de junho, que Cachoeira celebra como a data inicial, simbólica, da Independência do Brasil na Bahia, o Jaques Wagner iniciou um processo de instalar o governo em Cachoeira. Instalar o governo não significa ir pra lá despachar, mas a simbologia de termos lá os secretários, participando do Te Deum, participando da Câmara de Vereadores. Nós lançamos lá a FLICA esse ano. Então, é uma agenda muito dinâmica o dia 25,” ressaltou.
Jerônimo Rodrigues também disse que pediu ao presidente Lula (PT) o reconhecimento nacional da data.
“Lula, solicitamos também que ele pudesse se assemelhar a isso, que ele pudesse fazer um gesto de o que o governo reconheça o 2 de julho como a data magna. Isso não quer dizer que a gente vá negar o 7 de setembro. Não se trata disso. Ele vai continuar acontecendo, o 7 de setembro. Mas demarcar que antes do 7 de setembro, teve alguma coisa antes. Não foi naquele dia que começou e terminou. A história começou anteriormente, inclusive pelas mãos de brasileiros e brasileiras. Não foi só Bahia. Pernambuco lutou, Maranhão lutou. Então, nós precisamos reconhecer isso para que os nossos filhos, as gerações futuras, possam ter a nossa história.”
O chefe do executivo baiano, voltou a falar do pedido que fez ao governo federal para inclusão da história da independência do Brasil na Bahia nos currículos escolares nacionais e nos livros didáticos do país.
“Depois da caminhada do 2 de julho hoje, à tarde, às 15h, eu fui na Marinha. E a própria Marinha reconhece as três heroínas nossas. Contam a história, relatam isso. Tem uma salva de tiros para os mortos da independência e lá estão nossos baianos e baianas. Os índios os guaranis, resistindo. Portanto, nós também queremos que outros estados, o Espirito Santo, saibam que houve uma luta aqui. Se o Espirito Santo também teve essa luta, bote pra gente. Aqui na Bahia nós vamos tentar trabalhar nos livros didáticos que a Bahia faz essa história, mas a gente não pode fazer isso no Brasil inteiro. Então, por isso, encaminhei um documento ao ministro Camilo [Santana, da Educação], solicitando que os livros didáticos também possam contar essa história”, apontou Jerônimo.

By Laiana

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