Militares israelenses afirmam que mataram duas pessoas importantes do alto escalão do Hamas em um ataque contra a cidade de Rafah, neste domingo (26).
As Forças de Defesa de Israel (FDI) identificaram os indivíduos como Yassin Rabia, que seria o comandante da liderança do Hamas na Cisjordânia, e Khaled Nagar, que seria um alto funcionário do Hamas na mesma região.
Os militares disseram que fizeram o ataque a Tal al-Sultan,no noroeste de Rafah, “baseado em inteligência precisa.” Mais cedo, o Exército israelense tinha confirmado que atingiu um alvo que seria o complexo do Hamas na região.
Reação ao ataque
O escritório da imprensa do governo de Gaza e o Comitê de Emergência Palestino em Rafah condenaram o ataque, dizendo que a área foi designada uma “zona segura” para civis.
A ONG Médicos Sem Fronteiras expressou horror após o bombardeio israelense em Rafah. Em um comunicado, a MSF disse que o ataque aéreo “mostra mais uma vez que nenhum lugar é seguro.”
“Dezenas de feridos e mais de 15 mortos foram levados ao ponto de estabilização do trauma que apoiamos”, acrescentou a organização.
O grupo humanitário reiterou o apelo por um cessar-fogo imediato e contínuo em Gaza.
Mais de um milhão de palestinos — muitos já deslocados pela ofensiva de Israel em outras partes da Faixa de Gaza — estavam abrigados em Rafah antes de Israel intensificar uma operação na cidade, que é a última antes da fronteira com o Egito.
Muitos já fugiram da região, mas dizem que não têm para onde ir já que praticamente todo o território palestino está devastado após sete meses de intensos bombardeios.
As ações de Israel em Rafah se tornaram um ponto de inflamação, que aumentou ainda mais a pressão diplomática sem precedentes que o país enfrenta agora por causa da guerra em Gaza.
Mais de 35 mil palestinos já morreram no conflito, segundo autoridades palestinas.
