O técnico Thiago Carpini elogiou a atuação do Vitória na derrota por 2×1 para o Flamengo, no Barradão, na noite da quarta-feira (24). No entanto, o comandante rubro-negro lamentou o gol sofrido no fim e criticou a tomada de decisão dos atletas.
“Um campeonato de pontos corridos, na dificuldade que é, precisamos estar sempre somando. E o Vitória faz um bom jogo. Uma coisa que pode me deixar alegre é que voltamos a ser a nossa equipe. É suficiente? Não. A gente não sofre os gols por criatividade ou capacidade do adversário. Mas por tomada de decisão errada e falta de iniciativa nossa. Os dois gols hoje. O primeiro gol foi a única chance do Flamengo no primeiro tempo. Foi assim também no segundo gol. São coisas que fogem do nosso controle. E voltar a pontuar”, disse.
A derrota manteve o Leão da Barra na 17ª colocação da Série A do Brasileiro, com 15 pontos. Segundo Carpini, os erros individuais têm prejudicado o Vitória.
“É tomada de decisão do atleta. Quando tomamos o gol, chamei a linha defensiva e disse que [só avança] só na boa. Temos que entender que o ponto é importante. Tivemos duas ou três possibilidades de matar a jogada, de trocar a expulsão pelo gol. A linha tinha que estar montada. A culpa é do Wagner? Não. É de todos. Minimiza o erro, não corre mais risco. Faltando três minutos para acabar a gente quer ganhar o jogo. A gente faz o empate, o Esteves sente. O PK entra frio no jogo. Jamais iria mexer na linha defensiva de um jogo como esse. Aconteceram essa situações. Nesse momento que a gente tem que ser mais precavido. A gente precisa ser time mais cascudo. E passa por nossas lideranças. Eu vi o vestiário agora, e o nível de cobrança me deixa feliz. A gente vê liderança sendo aflorada. Mas tem que ser rápido”, opinou.
Questionado pelo BNews sobre o calendário do futebol brasileiro, Carpini pontuou que a queda de rendimento do time tem ligação com o grande número de jogos na temporada.
“A gente sabe o que é o calendário, que é ruim para todo mundo. Não vou me desgastar com isso. Contra o Grêmio enfrentamos um jogo que não treinamos. Os caras não são máquina. Perde qualidade, competitividade. Depois do Palmeiras, esse período que vamos ter de semana e semanas…Mas que a gente possa aproveitar da melhor forma possível. Claro, colocar em prática ideias, mas sempre tem coisas boas para aproveitar. O compromisso dos caras não tem o que falar. O que eles lutam, corre, se entregam. Como o nosso ambiente é bom no Vitória. Esse nível de cobrança que nós tivemos é o que precisamos pra sair dessa situação e o apoio do nosso torcedor”, concluiu.