Em meio à visita do presidente Luiz Inácio Lula da SIlva (PT) a Pequim, Brasil e China divulgaram, além da declaração conjunta de cunho mais geral, uma outra sobre a Guerra da Ucrânia. Segundo integrantes da comitiva brasileira, a decisão de um documento à parte foi tomada após pedidos nessa direção pelos governos russo e ucraniano.
Os dois países “acolhem a proposta de Vladimir Putin de abrir negociações para a paz, bem como a manifestação positiva de Volodimir Zelenski no mesmo sentido”.
Dizem esperar que haja um diálogo direto, “única forma de pôr fim ao conflito, se inicie no menor prazo possível”. E defendem um acordo de paz “duradouro e justo, que seja vinculante para todas as partes no final”.
O texto conjunto cita o Grupo de Amigos da Paz, que lançaram há um ano na ONU e que “congrega países do sul global”. Segundo o comunicado, os dois países “seguem à disposição para continuar apoiando os esforços para pôr fim ao conflito”.
Em seu discurso final, ao lado do líder chinês, Xi Jinping, Lula repisou que os textos do grupo “oferecem base para um diálogo abrangente que permita o retorno da paz à Europa”.
Sobre o tema, o presidente brasileiro afirmou ainda que “a humanidade se apequena diante das atrocidades cometidas em Gaza” e que “não haverá paz sem um Estado da Palestina independente e viável, vivendo lado a lado com o Estado de Israel”.
E que a ONU “só poderá cumprir os ideais de paz, direitos humanos e progresso social” se passar por reforma, em que “o Conselho de Segurança deve refletir a diversidade contemporânea”.