A maioria dos brasileiros acredita que sua vida pessoal e familiar avançou ou ficou estável em relação ao ano passado, pelo quinto levantamento seguido em 2024. É o que revela o Radar da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), realizado pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) entre os dias 15 e 23 de outubro, com entrevistas realizadas com duas mil pessoas nas cinco regiões do País.
Segundo o levantamento, o patamar atual está quatro pontos percentuais abaixo do resultado apurado na pesquisa de fevereiro deste ano. Naquele momento, 83% afirmaram que sua vida pessoal e familiar estaria melhor do que no ano passado.
A pesquisa do Radar Febraban/Ipespe revela também que a inflação continua sendo uma das principais preocupações dos brasileiros neste ano. O levantamento mostrou que subiu de 74% para 77% o percentual da população que avalia que os preços dos produtos aumentaram em comparação com os últimos seis meses.
Já a percepção dos entrevistados a respeito da situação atual do país em comparação com 2023 mostra predominância de melhora ou estabilidade. A pesquisa mostrou que 72% avaliam que o país melhorou (40%) ou ficou igual (32%) em relação a 2023. No levantamento de setembro essa soma era de 74% (melhorou: 42%; ficou igual: 32%).
Em relação à visão sobre os indicadores econômicos do país para os próximos seis meses, o estudo revela que 64% apostam em aumento da inflação e do custo de vida; 62% acreditam que haverá aumento de impostos; e 64% creem em aumento do endividamento das pessoas e famílias. Outros 56% disseram acreditar que haverá progressivo aumento da taxa de juros do brasileira.
No recorte sobre as áreas que deveriam ser priorizadas pelo governo federal, o setor da saúde pública permanece como a primeira preocupação (33%) na visão dos brasileiros. Na sequência surgem como preocupações a questão do emprego e da renda, que inquietam 21% dos entrevistados, a educação, com 13% no ranking de prioridades, e inflação e custo de vidaque surgem com 10% no ranking das angústias da população. Fome e pobreza, assim como corrupção, aparecem 4% das menções na pesquisa.