O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), saiu em defesa do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), em resposta às críticas de emedebistas sobre o suposto afastamento de Rui da campanha de Geraldo Júnior (MDB) para prefeito de Salvador. Durante uma coletiva de imprensa no lançamento do Plano Safra, Jerônimo esclareceu que Rui Costa não está afastado, mas sim ocupado com suas responsabilidades ministeriais.
“Não sei quem foi que fez essa leitura do que Rui disse. Está equivocada. Rui não quis dizer isso [que estaria afastado da campanha de Geraldo Júnior]. Rui é o ministro da Casa Civil, Rui não está com tempo para ficar aqui; tem final de semana em que ele nem vem à Bahia ver os filhos. A esposa vai, as filhas vão”, explicou Jerônimo.
O governador reforçou que Rui Costa apoiará a campanha de Geraldo Júnior e outros candidatos do partido na Bahia quando possível: “Rui não vai ter tempo, não pode abrir mão de seu lugar de ministro. Na hora que tiver a chance, Rui vai estar sim na campanha de Geraldo, de Zé Neto [em Feira de Santana], de Waldenor [Pereira, em Vitória da Conquista], de quem for necessário fazer”.
Jerônimo também abordou a situação do contrato da ponte Salvador-Itaparica, atualmente sob responsabilidade do consórcio chinês China Communications Construction Company Limited (CCCCLTD). Durante o evento, o governador mencionou que uma definição sobre o ajuste do contrato deve ser alcançada em aproximadamente 40 dias. Ele explicou que o consórcio chinês pediu correções devido à pandemia, o que ele considera justo.
“Nós teremos nesses próximos 30 dias, aproximadamente 40 dias, uma resposta sob o desdobramento que eles demandam para a gente (…) Então, estamos trabalhando pelo compromisso que fizemos. E tem um contrato assinado. Eles têm responsabilidade com a Bahia, assinaram um contrato. Estão pedindo correções por conta da pandemia e é justo, não está errado. Só queremos saber que valor é, qual o tamanho”, pontuou Jerônimo.
O governador não descartou a possibilidade de dissolução do contrato se necessário, mas indicou que houve um maior empenho por parte do consórcio após as recentes reuniões e visitas de ministros brasileiros à China.
“Se a ponte continuar também nesse perfil eu terei a coragem de fazer, sim. Só que retomou-se. A ida do ministro Rui, do ministro Geraldo Alckmin, à China, gerou uma reunião com o staff do governo Xi Jing Ping. Isso fez com que nós tivemos a presença das empresas com mais calor aqui. Já tem balsas maiores começando a fazer sondagem de média a alta profundidade”, explicou o gestor.
Jerônimo ressaltou ainda que o apoio do Governo Federal é crucial para resolver esse impasse e mencionou a expectativa da visita do presidente chinês Xi Jinping ao Brasil, que pode influenciar positivamente o andamento do projeto.
“O Xin Jin Ping vai estar aqui [no G20, em novembro]. O Lula teve lá duas vezes e pediu a ele que ajudasse a gente a fazer a ponte. Fica ruim se o Xijiping vier a Salvador, por exemplo, e não vê nada da ponte andar,” concluiu Jerônimo.
