O deposto comandante do Exército boliviano, Juan José Zúñiga, foi detido na noite desta quarta-feira (26) em La Paz, após comandar uma tentativa de golpe de Estado contra o presidente Luis Arce, sob as acusações de terrorismo e levante armado.
Zúñiga foi capturado e levado a um veículo policial nos arredores de um quartel militar.
O então comandante do Exército, destituído do cargo de comandante do Exército nesta quarta-feira pelo presidente Arce, estava dando declarações à imprensa quando o vice-ministro do Governo (Interior), Jhonny Aguilera, chegou junto com policiais para detê-lo.
Anteriormente, o general revelou que Arce lhe ordenou que liderasse o movimento de soldados e tanques do Exército.
“No domingo, na escola La Salle [em La Paz], me reuni com o presidente [Arce] e ele me disse que a situação está muito ferrada, esta semana será crítica”, afirmou o oficial.
Segundo a versão de Zúñiga, Arce lhe pediu para “preparar algo para aumentar sua popularidade”. “Então, mandamos os blindados?”, perguntou o oficial, ao que o presidente respondeu: “mande”.
A partir de domingo, continuou, vários tanques do Exército começaram a se deslocar para La Paz. Zúñiga liderou a mobilização de militares para a Praça de Armas de La Paz, onde se encontram o Palácio do Governo e os escritórios presidenciais.
“As Forças Armadas pretendem reestruturar a democracia, que seja uma verdadeira democracia. Não de uns poucos”, disse Zúñiga, enquanto estava no local.
Após sua substituição no cargo pelo general Wilson Sánchez, Zúñiga deixou a Praça de Armas junto com soldados e pelo menos oito tanques do Exército.
Arce denunciou antes a mobilização “irregular de algumas unidades do Exército Boliviano. A democracia deve ser respeitada”.

By Laiana

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