Do plantio, passando pela torrefação, até as embalagens: os cafés especiais têm conquistado cada vez mais espaço na Bahia. Só na Chapada Diamantina, 11 marcas de café entraram na lista dos 30 melhores do Brasil no ano passado, de acordo com o Cup of Excellence, principal concurso de café do país.
Na Bahia, existem duas variedades de cafés especiais: arábicas especiais e canephoras especiais. Enquanto o primeiro é mais baixo em cafeína e tem perfis sensoriais mais delicados, o canephora tem aproximadamente o dobro de cafeína e um perfil mais encorpado, com notas achocolatadas, especiarias, amadeiradas e malteadas, chegando ao amargor.
Além da Chapada Diamantina, outras regiões que se destacam em produção de cafés especiais no estado são o Planalto da Conquista, o Atlântico Sul, em especial a região de Eunápolis e Itamaraju, a região de Brejões e cidades do oeste baiano (Riachão das Neves, Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, São Desidério Catolândia). Quem explica é Flávio Camargos, torrefador, curador e classificador de cafés.
